Trabalhar
em equipe, em grupo, dentro de uma proposta coletiva. Muito se fala
neste sentido. Proliferam-se coworkings, ambientes de trabalho
compartilhado e colaborativo; aumenta também o interesse por equipes
interdisciplinares e idealizam-se comunidades. No entanto, muitos
desses projetos de trabalho coletivo esbarram-se com formas de
relacionamento um tanto ultrapassadas, exigindo uma mudança real de
paradigma no que concerne a maneira como estabelecemos nossas
relações com outras pessoas e com o nosso mundo.
Durante
minha trajetória, percebi que trabalhar em conjunto é um anseio de
muita gente, mas que na prática isto acaba não acontecendo, ou se
acontece, acaba se configurando de um jeito superficial, sem grandes
impactos. Deste modo, o trabalho em equipe, em grupo, colaborativo,
não raro se transforma em apenas peça de marketing e carece de algo
que muitos de nós, sentimos ser imprescindível: sinceridade e trabalho interpessoal.
Sinceridade
para olharmos para os pontos, que em nós, ainda resistem à mudança
de paradigma, para as novas formas de se relacionar. Um trabalho de
autoconhecimento, neste caso, se faz necessário. Não um esforço
só, isolado, mas um trabalho de autoconhecimento que se dá a partir
do contato com os outros, porque é assim, de fato, a maneira como
somos constituídos. Não nascemos para sermos ilhas. E, se
aprendemos a se comportar enquanto seres isolados, temos a chance, de
hoje, fazermos de um outro modo.
Este
é o objetivo do Workshop Vivência em Cocriação, um ambiente
terapêutico para explorarmos juntos, outras possibilidades de se
relacionar. Uma jornada de si para o mundo, rumo ao outro. Porque bem
mais do que ilhas, nosso anseio maior é de sermos pontes!